quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Current status of the project activities under the Clean Development Mechanism (CDM) in Brazil and the world

Artigo enviado por: Isis Akemi Morimoto - IBAMA
Título: Current status of the project activities under the Clean Development Mechanism (CDM) in Brazil and the world -
Last version: October 1, 2007.
Fonte: MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia.

Click no link e confira o artigo:
http://www.mct.gov.br/upd_blob/0018/18416.pdf

terça-feira, 16 de outubro de 2007

A mídia em tempos quentes

O COE - SP recomenda a seguinte leitura:

Por Murilo Alves Pereira
de Porto Alegre

Pesquisadores e jornalistas debatem em congresso em Porto Alegre a cobertura do tema aquecimento global pela imprensa.

Agência FAPESP – Manchetes sensacionalistas sobre o aquecimento global chamam a atenção das pessoas para o tema, mas provocam arrepio na comunidade científica. “O catastrofismo feito pela mídia é preocupante, pois tira a esperança das pessoas. Para que vão se preocupar em fazer algo se o futuro já é incerto?”, disse José Antonio Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O meteorologista foi um dos debatedores da conferência “Mudanças Climáticas” durante o 2º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, realizado na semana passada, em Porto Alegre.

Segundo Marengo, a cobertura da imprensa brasileira sobre o aquecimento global tem ocorrido de forma cíclica, nos últimos tempos acompanhando especialmente a divulgação dos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês) – que dividiu com o ex-vice-presidente norte-americano Al Gore o Prêmio Nobel da Paz de 2007.“As reportagens vêm em pulsos. Quando houve o furacão Katrina foram três dias falando sobre isso, depois parou”, disse à Agência FAPESP, sugerindo que a imprensa mantenha um fluxo contínuo de informações sobre o tema.

O pesquisador criticou a forma como alguns veículos de comunicação chamaram a atenção para o aquecimento global, apelando para imagens como a de um urso polar perdido em um pequeno bloco de gelo. “O Brasil, por exemplo, tem outras representações para os dilemas tropicais, como as hipóteses da ‘savanização’ da Amazônia ou da desertificação do semi-árido nordestino”, afirmou.

Os equívocos conceituais de muitas matérias também foram alvos de críticas. Segundo o glaciólogo Jefferson Cárdia Simões, professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a mídia confunde termos distintos como aquecimento global, mudanças climáticas, efeito estufa e camada de ozônio.“Ainda leio na imprensa que o derretimento da calota polar vai aumentar o nível no mar”, disse. Segundo ele, a mídia não distingue diferenças entre o gelo da Antártica e do Ártico – o 'manto de gelo’, formado pelo acúmulo da neve precipitada no continente antártico é diferente do mar congelado comum ao ártico.

O aumento do nível do mar só ocorreria se as grandes geleiras da Antártica e da Groenlândia derretessem, mas o gelo marítimo do pólo Norte não contribui para isso. “É um conceito simples de física. Pelo princípio de Arquimedes, o gelo em suspensão no líquido, se derreter, não elevará o nível da água”, destacou.

Por outro lado, a Antártica representa apenas 0,08% do gelo que está derretendo no mundo – a maior parte da perda de gelo ocorre no topo das montanhas. “A visão que impera é que o derretimento das calotas polares vai elevar o nível do mar. Os números são absurdos e chegam a 70 metros, que representa a elevação do nível se todo o gelo do mundo derretesse, mas isso jamais ocorreu na história da Terra”, disse.

Para Simões, falta aos jornalistas conhecimento sobre como ocorre o “fazer científico”. A imprensa também não diferenciaria publicações avaliadas por pares daquelas que representam “opiniões pessoais”. “É preciso pesar as fontes quando for dado espaço para esse ou aquele cientista”, afirmou.Mas a ciência não é perfeita e nem pode ser apresentada como tal, apontou o glaciólogo em tom de mea-culpa. “O IPCC faz previsões e é arriscado tratá-las como verdades absolutas. Se essas previsões não ocorrerem, o público pode deixar de acreditar na ciência”, disse.

De acordo com os presentes na conferência na capital gaúcha, a comunidade científica entende quais são as dificuldades da imprensa nas matérias sobre o aquecimento global. Segundo o jornalista Ulisses Almeida Nenê, do Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul, os pesquisadores deveriam usar sua experiência de modo a facilitar a comunicação com a imprensa, utilizando uma linguagem mais acessível.“Os cientistas se preocupam com a própria pesquisa, mas não pensam em como ajudar a imprensa na divulgação desses estudos”, disse.

Surge, então, um grande desafio para os jornalistas: despertar o interesse na população sobre questões ambientais e divulgar as pesquisas com precisão. Segundo Almeida Nenê, a saturação de matérias sobre o aquecimento global na imprensa nos últimos meses pode provocar a banalização do tema, como ocorreu com a questão da violência.

Para justificar a continuidade do tema na mídia, é preciso buscar aspectos voltados à realidade local ou a pesquisas específicas e ainda não cobertas pela mídia.

“Hoje, o interesse pela questão ambiental tem muito fogo de palha. Há pouco compromisso dos atores. As empresas de mídia deveriam se engajar de verdade”, disse. Para ele, a união entre jornalistas e cientistas melhoraria a comunicação da ciência na mídia.

Só corte total de CO2 cura clima pós-2100

O blog da III CEMA recomenda a seguinte leitura:

Eliminação de 60% das emissões humanas de gases estufa até 2050 evitaria aquecimento "perigoso" apenas neste século.

Projeção foi feita com novo programa de computador para simular clima global; modelos anteriores não incluíam dados de oceanos

RAFAEL GARCIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Se a humanidade quiser uma solução duradoura para o problema do aquecimento global, será preciso cortar em 100% a emissão de gases do efeito estufa provenientes de atividades humanas. Este é o recado de um grupo de pesquisadores da Universidade de Victoria (Canadá) que vem fazendo projeções sobre o futuro da Terra usando um novo modelo -programa de computador- para simular o clima mundial.

Em estudo publicado na edição atual da revista "Geophysical Research Letters" (www.agu.org/journals/gl), o grupo de pesquisadores, liderado pelo climatologista Andrew Weaver, mostrou a conta que a humanidade terá de pagar para frear o aquecimento da Terra.

É necessário um corte de 60% nas emissões de gases-estufa até 2050 para evitar que até o fim deste século a Terra aqueça mais de 2C além do normal -nível considerado "perigoso" por cientistas. Contudo, mesmo essa redução seria incapaz de frear o aumento da temperatura no longo prazo, e dentro de cerca de mais um século o limite seria rompido. (O acréscimo de 2C é calculado em relação à temperatura média da Terra no século 19 antes da Revolução Industrial.)

Os novos números saíram de um dos primeiros modelos climáticos a levar em conta a interação dos oceanos com o dióxido de carbono (CO2) o principal gás causador do efeito estufa.

"O que nossos experimentos trazem de novo é que a gente está simulando carbono ao mesmo tempo em que simula o clima", explica Álvaro Montenegro, oceanógrafo brasileiro do grupo de Weaver que também assina o artigo sobre os cortes de emissões. "As concentrações de CO2 na atmosfera são dependentes da circulação oceânica, da biota marinha e da biota terrestre. Todos esses reservatórios de carbono do planeta respondem ao clima, e isso é considerado no nosso modelo e em outros novos."

Montenegro - paulista que trabalhou na Folha como repórter de ciência entre sua graduação e sua pós em oceanografia- explica qual é a vantagem do modelo do grupo de Victoria, que não ficou pronto a tempo de ser incorporado pelo último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática). "A gente não precisa mais estabelecer de antemão quanto CO2 vai estar na atmosfera; podemos simplesmente estabelecer quanto CO2 a gente joga na atmosfera." O resto, o computador calcula.
Perigo arbitrário

Apesar de já estar encontrando consenso entre cientistas, o rótulo de "perigoso" dado ao limite de aumento de 2C na temperatura ainda é arbitrário. A mudança do clima é gradual e não é possível saber se vai haver uma quebra de continuidade além desse limite, mas, de qualquer forma, a situação já estará bem ruim a partir desse ponto. "Passando dos 2C, o risco de perder a calota de gelo da Groenlândia cresce muito, e isso apressaria a elevação do nível do mar", diz Montenegro.

Por fim, Weaver e seus colegas confirmam o que já se sabia sobre o "inócuo" Protocolo de Kyoto -o acordo internacional para corte na emissão de gases-estufa que prevê uma redução de apenas 5% em relação aos níveis emitidos em 1990.

"Nada é totalmente inócuo: qualquer redução nas emissões de carbono vai acarretar em um menor aquecimento", diz Montenegro. "Mas o Protocolo de Kyoto é inócuo se a gente considerar que o aumento de 2C é um limite importante."

Fonte: Folha de São Paulo

Atmosfera fica mais úmida com os gases-estufa

O blog da III CNMA-SP recomenda a seguinte leitura:

Londres, 15 de Outubro de 2007 - Os gases-estufa estão tornando a atmosfera da Terra mais úmida, o que pode levar a furacões mais potentes, temperaturas mais quentes e precipitações mais fortes nas regiões tropicais, afirmaram pesquisadores britânicos. [...]

A equipe britânica coletou dados de estações, bóias e navios climáticos no mundo inteiro para medir o efeito do aumento dos gases-estufa na umidade entre 1973 e 1999.
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Organizações, Empresas e Entidades Pessoas Datas Valores Localidades
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Integra do texto

Londres, 15 de Outubro de 2007 - Os gases-estufa estão tornando a atmosfera da Terra mais úmida, o que pode levar a furacões mais potentes, temperaturas mais quentes e precipitações mais fortes nas regiões tropicais, afirmaram pesquisadores britânicos. As conclusões, publicadas na revista Nature, estão entre as primeiras a mostrar como os gases-estufa produzidos pelo homem afetaram os níveis globais de umidade nas últimas décadas.

"É mais uma peça do quebra-cabeça que diz que as mudanças climáticas estão acontecendo e que nós as influenciamos", disse Nathan Gillet, pesquisador da Universidade de East Anglia. As emissões de gases como o metano e o dióxido de carbono, que aprisionam o calor na atmosfera, são responsabilizadas pelas mudanças no clima.

Cientistas dizem que as temperaturas médias globais vão subir entre 2 e 6 graus Celsius até o fim do século, causando secas, enchentes e tempestades. O ar mais quente retém mais vapor. "Já se prevê há muito tempo que a umidade aumentaria com o aumento dos gases-estufa", disse Gillet, que comandou o estudo.

A equipe britânica coletou dados de estações, bóias e navios climáticos no mundo inteiro para medir o efeito do aumento dos gases-estufa na umidade entre 1973 e 1999. Uma simulação por computador mostrou que eventos naturais como vulcões e variações na luz do sol não poderiam ter produzido sozinhos o aumento na umidade, disse Gillet.

As conclusões são especialmente significativas nas regiões tropicais, que terão um aumento maior na umidade, porque já são quentes, disse o cientista.

Fonte: GAZETA MERCANTIL - SP

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Sociedade de Butantã, Lapa e Pinheiros se mobiliza para mudanças climáticas em São Paulo

Sob a organização do Grupo Gestor da Agenda 21 Macro-oeste, reunimos representantes do governo e sociedade das regiões de Butantã, Lapa e Pinheiros, contando com a presença de representante do MMA – Ministério do Meio Ambiente - e do Ibama São Paulo, bem como membros da coordenação da Conferência Municipal de São Paulo e da COE – Comissão Organizadora Estadual.

A Pré-conferência do Meio Ambiente da Região Centro Oeste do Município de São Paulo foi realizada em 09/10, das 18 às 22 horas, na UMC – Campus Villa Lobos, V. Leopoldina. Por meio de uma primorosa palestra do convidado Dr. Flávio Rocha - “Dinâmica da natureza e transformações em decorrência das atividades humanas” - pudemos aprofundar, sob uma abordagem global, a questão das mudanças climáticas e seus inquietantes desafios para nossa civilização.

Na seqüência, em plenária, pudemos discutir alguns importantes aspectos para a construção de políticas públicas municipais de defesa às mudanças climáticas. São temas em foco: Energia, Resíduos, Mobilidade, Habitabilidade, Uso do Solo, Saúde, Educação e Comunicação. Caberá às Agendas 21 Macro Oeste e Macro Centro darem andamento às discussões e enviar até 20/11 propostas sistematizadas, que serão apreciadas na Conferência Municipal, marcada para 01/12/07.


Eduardo Coutinho

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Conferência Municipal de São Paulo acontece em 1º de Dezembro

Confirmada oficialmente para o dia 1º de Dezembro a II Conferência Municipal do Meio Ambiente de São Paulo. O evento acontece na Fecomercio (Rua Dr. Plínio Barreto, 258, Bela Vista), das 8h30 às 18h.

Data e local foram confirmados em reunião da comissão organizadora no Cades, no dia 5 deste mês. Na oportunidade foi trabalhado o texto base da realização, assim como o folder de convocatória, que loco circulará nas redes.


A pré-conferência da Macro Norte ficou agendada para o sábado 27/10/07 às 8:30h na UNISANTANA.

A Sociedade Civil está preparando um Documento complementar ao Texto Base para ser discutido nos GTs.

As inscrições para a pré-conferência macro norte serão feitas pelo endereço abaixo:

preconferenciamacro nortesp@gmail. com