Em maio deste ano acontece em Brasília a III Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), que reúne milhares de pessoas de todo o País para discutir e contribuir para a construção da Política e do Plano Nacional de Enfrentamento das Mudanças Climáticas. O tema vem sendo amplamente debatido em todo o mundo, principalmente após o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas – IPCC na sigla em inglês -, e Al Gore – ex vice-presidente estadunidense -, terem sido agraciados com o Prêmio Nobel da Paz pelo trabalho realizado acerca do tema.
De acordo com o coordenador geral da CNMA e diretor do departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental, Pedro Ivo Batista "o objetivo do Ministério do Meio Ambiente é consolidar uma política ambiental real que possa ser levada adiante pelos sucessivos governos. Estamos lançando as bases e os alicerces para uma política constante, sólida, sustentável e radicalmente democrática".
O Secretário de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, SAIC – que abriga a CNMA - Hamilton Pereira, acredita que este seja o momento decisivo para uma mudança nos hábitos mundiais. "Sofremos hoje os efeitos das Mudanças Climáticas. Tudo isso indica que a humanidade atingiu a era dos limites. E, sobretudo, atesta que sem novos valores culturais não seremos capazes de construir uma sociedade democrática, socialmente justa e ambientalmente sustentável. Os instrumentos da educação ambiental portadora desses novos valores e o exercício da democracia participativa são indispensáveis para dialogarmos com as gerações futuras".
Precedem a Conferência Nacional, 26 conferências realizadas em cada estado brasileiro, mais o Distrito Federal, onde acontecem Conferências Macrorregionais. No estado de São Paulo, por exemplo, são 23 conferências, uma na capital, e 22 respeitando-se a divisão por Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
Cada estado tem seu próprio cronograma. No Paraná, por exemplo, todas as Conferências Macroregionais já foram realizadas, faltando apenas a Conferência Estadual que acontecerá em março próximo. “Por meio das Conferências Macrorregionais, poderemos conhecer a problemática de cada região. Com isso, após a III CEMA (Conferência Estadual de Meio Ambiente), definiremos a respectiva competência: município, estado, Ministério do Meio Ambiente. Haverá, ainda, a edição de um livro com as deliberações da III CNMA”, explica Fernando Papa, coordenador de comunicação da III Conferência Estadual do Meio Ambiente – SP. Nas Conferências Estaduais são eleitos delegados que terão direito a voto durante a edição Nacional.
Na primeira edição da Conferência Nacional, em 2003, participaram 65 mil pessoas; na segunda, em 2005, 86 mil e a meta deste ano é atingir 100 mil participantes.
Para saber mais informações sobre a Conferência, visite o site do Ministério do Meio Ambiente.
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